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O aquífero

Storyboard

Além da suposta nascente, há vários pontos na propriedade onde a água aflora, localizados em áreas que não podem ser diretamente associadas à água superficial que entra pela parte superior do terreno úmido. Isso sugere fortemente a presença de um aquífero que, se localizado, poderia fornecer água potável de alta qualidade.

Por essa razão, foram analisados cuidadosamente os indícios, as camadas visíveis do solo e sua disposição. Com base nessa análise, foi identificada a posição aproximada do aquífero e suas características prováveis, permitindo estimar a localização ideal para a perfuração de um futuro poço.

>Modelo

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Modelo de solo

Descrição

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Para construir o modelo, é necessário estudar as propriedades dos solos Msd1, Msd2 e sua mistura. De forma geral:

Msd1 As partículas finas (argilas e siltes) têm alta capacidade de retenção de água devido aos seus microporos.
Msd2 As partículas grossas, como areias e cascalhos, possuem menor capacidade de retenção de água devido à sua maior permeabilidade.
Msd1 + Msd2 A incorporação de areias reduz a retenção de água, mas ainda há uma capacidade moderada devido ao teor de silte.



Propriedades Típicas dos Solos

Parameter Msd1 Msd2 Msd1 + Msd2
Porosidade (%) 5 - 15 25 - 35 15 - 25
Permeabilidade (m/s) 1E-7 - 1E-9 1E-4 - 1E-6 1E-5 - 1E-7
Umidade (%) 30 - 50 10 - 20 20 - 35



Conclusões Baseadas nos Cortes

1. Camada superior:
Existe uma camada de alta umidade na superfície, com um limite bem definido para a camada subjacente. Isso pode ser resultado de modificações introduzidas pela construção da estrada.

2. Camada intermediária:
Se a camada superior for considerada um depósito recente, a verdadeira camada superior corresponderia à segunda camada, que apresenta baixa umidade, semelhante à observada no corte próximo à casa. Isso sugere que esta camada pode ser uma mistura de Msd1 (siltes e argilas) e Msd2 (areias e cascalhos).

3. Camada subjacente:
A próxima camada apresenta maior umidade, indicando que é composta predominantemente por Msd1 (siltes e argilas). Essa camada é observada em locais específicos, como sob a casa (2), próximo à praia (3) e próximo ao brejo (4).

4. Formação de uma represa natural:
Os afloramentos observados acima e abaixo da zona rochosa inferior sugerem que esta atua como uma represa subterrânea. Isso contribui para manter o brejo úmido durante todo o ano, mesmo quando o ponto (1) seca no verão.

Modelo de camadas para a área ao redor da casa

Interpretação do Modelo

Infiltração de água:

• A mistura de Msd1 e Msd2 permite a infiltração de água na camada de Msd1, onde continua seu fluxo em direção ao oceano.

•A baixa permeabilidade relativa da mistura provoca um movimento lento da água, explicando sua independência de variações sazonais. Isso é consistente com imagens históricas do Google Earth.

Vegetação predominante:

•A boa capacidade de filtração na superfície cria condições ideais para uma vegetação adaptada a solos bem drenados.

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Posição do poço

Descrição

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Com base no modelo, foi identificada uma possível direção de fluxo do aquífero (indicada pela seta azul), sugerindo uma localização potencial para o futuro poço:

Interpretação do modelo do solo para estimar a posição do poço



Uma vista superior revela uma possível segunda direção de fluxo do aquífero (indicada pela seta azul-clara), que também apoia a localização inicialmente proposta para o poço:

Possível direção do fluxo e localização sugerida para o poço

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Propriedades mecânicas do solo

Descrição

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As principais propriedades mecânicas do solo, relevantes tanto para os cálculos relacionados à perfuração do poço quanto para avaliar a estabilidade do solo sob a casa, estão resumidas na tabela a seguir:

Propriedade Msd1 Msd2 Msd1 + Msd2
Resistência à Compressão (MPa) 0,5 - 3,0 1,0 - 10,0 0,8 - 5,0
Elasticidade (Módulo de Young, GPa) 0,2 - 1,0 0,5 - 5,0 0,3 - 2,0
Densidade Aparente (g/cm³) 1,8 - 2,2 1,9 - 2,4 1,8 - 2,3
Dureza (Escala Mohs) 2 - 4 3 - 5 2,5 - 4,5
Ângulo de Atrito Interno (°) 15 - 25 30 - 35 20 - 30
Coesão (kPa) 15 - 40 5 - 15 10 - 25

Descrição das Propriedades

Msd1 (Sedimentos finos compactados: siltes e argilas)

• Baixa resistência à compressão: Devido à sua natureza pouco consolidada e alta proporção de partículas finas.

• Elasticidade moderada a baixa: Característica típica de sedimentos não consolidados.

• Baixa dureza: Dominada por materiais finos, como siltes e argilas.

• Ângulo de atrito interno reduzido: Indicando menor resistência ao deslizamento interno.

• Alta coesão: Devido à adesão das partículas finas, contribuindo para a estabilidade estrutural.


Msd2 (Sedimentos grossos: arenitos e conglomerados)

• Alta resistência à compressão: Devido à maior consolidação e ao conteúdo de partículas grossas.

• Elasticidade elevada: Característica de materiais mais rígidos, como arenitos e conglomerados.

• Dureza moderada a alta: Devido à presença de minerais mais resistentes.

• Ângulo de atrito interno elevado: Indicando boa resistência ao deslizamento.

• Baixa coesão: Devido à menor adesão entre partículas grossas.


Msd1 + Msd2 (Mistura de sedimentos finos e grossos)

• Propriedades intermediárias: Dependem da proporção de partículas finas e grossas na mistura.

• Resistência à compressão e elasticidade moderadas: Resultam da combinação de coesão (Msd1) e atrito interno (Msd2).

• Densidade e dureza variáveis: Determinadas pela mistura de siltes, argilas e areias.

• Ângulo de atrito interno e coesão equilibrados: Oferecem uma boa combinação de estabilidade estrutural e permeabilidade.

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